terça-feira, 25 de setembro de 2012

Uso de drogas e bebidas alcoolicas na adolencencia







Pesquisas recentes constatam que o álcool é a droga mais usada por adolescentes. O pior é que o consumo vem aumentando, principalmente entre os mais novos e as meninas: quase metade dos jovens de 12 a 17 anos já usou bebida alcoólica. Nos anos 1980, o consumo iniciava-se entre os 16 e 17 anos. Atualmente, ocorre entre os 12, 14 anos, e o uso frequente tem crescido.

Por que os jovens têm bebido cada vez mais e mais cedo? Vamos levantar hipóteses e refletir a respeito a fim de nos responsabilizarmos pela questão.

Em primeiro lugar, a presença de bebidas alcoólicas na vida cotidiana dos jovens é vista por eles como corriqueira e inofensiva. Muitos acham que o problema surge apenas com a ingestão em demasia, quando se tornam inconvenientes ou se aproximam do que eles chamam de "PT" (perda total) -perda dos sentidos ou coma.

Contribuem muito para essa percepção os belos comerciais de bebidas. Mais do que um produto, vendem um estilo de vida almejado pelos jovens: beleza, alegria, popularidade, azaração etc. Aliado a esse poderoso instrumento, surge outro muito eficaz: o aval dos pais.

Muitos adultos acreditam que oferecer bebida aos filhos em casa é uma atitude aconselhável e dão festas para os menores nas quais permitem que haja bebida, por exemplo.

Aliás, para muitos jovens, faz parte das festas o ritual do "esquenta": antes do evento, reúnem-se em pequenos grupos para beber na casa de um deles -sei de casos, inclusive, em que os pais que recebem os amigos do filho participam do momento festivo introdutório- ou em locais públicos, com bebidas trazidas de casa ou compradas em supermercados.

Aí está outro fator que leva os jovens a crerem que a ingestão de bebida alcoólica é inofensiva: apesar de sua venda ser proibida a menores de 18 anos, a lei não é respeitada. Muitos estabelecimentos comerciais -notadamente supermercados- as vendem sem pedir documentos aos jovens e muitos adultos aceitam o pedido deles para passar a bebida em sua compra. Eu já fui abordada em um supermercado por três adolescentes que pediram que eu colocasse duas garrafas de vodca em minha esteira. Diante da recusa, pediram para outra pessoa e foram atendidos.

Os jovens bebem, entre outros motivos, porque o álcool provoca euforia, desinibição e destrava os mais tímidos. Mas, depois, afeta a coordenação motora, os reflexos e o sono, além de interferir na percepção do que o jovem considera certo e errado. 

Já conversei com garotas que tiveram a primeira experiência sexual sob efeito do álcool e se arrependeram.

Os mesmos pais que ensinam o filho a beber não o ensinam sobre os cuidados que podem reduzir seus efeitos, como alimentar-se bem antes, não misturar diferentes tipos de bebida e ingerir muita água.

Os menores de 18 anos sempre encontrarão maneiras de transgredir as proibições para o uso de bebida alcoólica. Entretanto, temos ajudado para que isso não seja visto por eles como transgressão. E, talvez, esse seja nosso maior equívoco. 

                                                                          Tradução em inglês 

Recent research note that alcohol is the drug most commonly used by adolescents. What's worse is that consumption is increasing, especially among younger and girls: almost half of young people ages 12 to 17 have used alcohol. In 1980, consumption was initiated between 16 and 17 years. Currently, occurs between 12, 14, and frequent use has grown.

Why young people are drinking more and earlier? Let hypotheses and reflect on it in order to take responsibility for the issue.

Firstly, the presence of alcohol in everyday life of young people is seen by them as trivial and harmless. Many feel that the problem arises only with the ingestion, when they become inconvenient or come close to what they call "PT" (total loss), loss of consciousness or coma.

Contribute much to this perception of the beautiful commercial beverages. More than a product, selling a lifestyle sought by young people: beauty, happiness, popularity, etc. jinx. Allied to this powerful tool, comes another very effective: the consent of the parents.

Many adults believe that providing their children drink at home is a wise attitude and give to parties where minors drink there allow, for example.

Indeed, for many young people, is part of the ritual celebrations of the "heats": before the event, meet in small groups to drink in the house of one of them-I know of cases, even where parents who receive friends from son participate in the festive time introductory-or in public places, with drinks brought from home or purchased from supermarkets.

There is another factor that leads young people to believe that drinking alcohol is harmless: despite its sale is prohibited under 18, the law is not respected. Many shops, particularly supermarkets sell them without asking for documents to young people and many adults accept their request to pass the drink on their purchase. I've been approached in a supermarket by three teenagers who asked me to put two bottles of vodka in my wake. Faced with the refusal, asked for someone else and have been met.

Young people drink, among other reasons, because alcohol causes euphoria, disinhibition and unlocks the most timid. But then affects motor coordination, reflexes and sleep, and interfere with the perception of what the young think is right and wrong.

I've talked to girls who had their first sexual experience under the influence of alcohol and repented.

The same parents who teach the child to drink do not teach about the care that can reduce its effects, such as eating well before, do not mix different types of drink and drinking plenty of water.

The under-18s will always find ways to break the prohibitions on the use of alcohol. However, we have helped so this is not seen by them as transgression. And perhaps this is our biggest mistake.

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